
A revisão da artroplastia do quadril é uma cirurgia, na maioria das vezes, complexa. Sua dificuldade ocorre devido à:
- Necessidade de retirada da prótese prévia.
- Possibilidade da presença de infecção.
- Extensão da reconstrução óssea.
Quando a prótese anterior está frouxa, sua remoção pode ser mais fácil. Ainda assim, nas próteses cimentadas, a necessidade de retirar todo o cimento pode requisitar diversas técnicas, inclusive osteotomias (cortes ósseos). Quando a prótese está bem aderida, cimentada ou não, a sua retirada deve ser muito delicada, preservando o osso para a colocação da nova prótese. Nessa situação, a dificuldade da cirurgia é bem maior.
O grau de migração dos componentes da prótese que serão removidos também é um dificultador. Muitas vezes os implantes se deslocam ficando próximas de vasos ou nervos, exigindo muita atenção na sua retirada.

Outros materiais implantados em cirurgia prévia (placa, parafusos, fios metálicos, âncoras) também podem dificultar a colocação da nova prótese.
Uma preocupação constante é com a infecção. Dois aspectos são importantes. O implante prévio pode estar colonizado por microrganismos (infecção prévia) ou o tempo cirúrgico maior, para retirada dos implantes, ser um fator para aumentar a chance de infecção.
O terceiro ponto importante é a reconstrução óssea, muitas vezes utilizando grande quantidade de enxerto ósseo para repor a perda. Quanto mais extensa a osteólise (perda óssea), maior a reconstrução, o tempo cirúrgico e a complexidade da cirurgia.
Sabendo de todas essas dificuldades, é fundamental o planejamento cirúrgico com diversos planos de ação (A, B, C…), a experiência na execução deles e a versatilidade na alteração do plano mesmo durante a cirurgia (necessário algumas vezes).